SALA DE ESTUDOS

[102] 11/09/2018

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Escrita e improviso[1]

Produzir espaços de passagem. Escrever como uma procura que nada procura, de fato. Escrever não como uma transcrição do pensamento: escrita como condição de um certo pensar. Escrita que lida com o intempestivo, sem roteiro prévio, sem passado nem futuro que a justifique. Uma escrita em imediato: escrever o instante, com o que passa, para passar de um estado ao outro, para tentar sair de prévias de si. Para passar, nesse ato de escrita improvisada, a ver o que não era visto de antemão. Mão, olho e corpo inteiro engajado neste fazer incerto, que se anima justamente, pelos possíveis imprevistos que nos esperam: realidades possíveis que não existem, de fato, antes de serem encontradas.

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[1] Exercício de escrita durante o Seminário Poéticas da Diferença, ministrado pelo Prof. Dr. Máximo Adó

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