SALA DE ESTUDOS

[103] 04/01/2019

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SOBRE OS TEMPOS DA/NA PESQUISA

Ano novo se inicia, este que se apresenta como o último semestre do mestrado. Me coloco na escrita desta nota, como noutras vezes, no sentido de organizar o pensamento, direcionar as rotas do pesquisar. Isso se faz necessário, neste momento, por um certo recuo que foi necessário, dado influências “externas” (refiro-me aos acontecimentos no entorno das eleições). Neste tempo, em que escrevi pouca notas neste Bloco, contudo, rabisquei muita coisa no Evernote, em cadernos, etc… mas parece-me que faltava ânimo para retornar à estes movimentos que, como tal, oficializam-se como notas da pesquisa-texto: essas que, mesmo lidando com os pensamentos em tom improvisado, se diferenciam das demais por passarem a ter visibilidade neste espaço (neste site).

O que importa agora registrar é que aqui, nesta nota, se inicia um exercício de retomada, de trazer à esse Bloco de Notas, numa tentativa de organização desses rabiscos feitos sobre outros suportes, os movimentos mais recentes da pesquisa; tais movimentos giram em torno das seguintes ideias à serem, provavelmente, desdobradas: Ciência Nômade do Improviso (que já apareceu num texto que entrará no conjunto da dissertação, que foi produzido enquanto trabalho final de um Seminário), Pesquisa-improvisação (numa tentativa de definição do que constitui o modo como estamos a pesquisar — texto num tom mais propositivo, talvez) e a ideia de Espaços de Passagens (para localizar a educação enquanto espaço em jogo, campo de forças); ainda, talvez, a ideia de Estudo-jogo, associada a de Pesquisa-improvisação.

É possível perspectivar também que este afastamento do Bloco de Notas se deu muito em virtude de uma atenção aos ensaios e estruturação do conjunto final da Dissertação — para a qual essas notas funcionam enquanto um espaço paralelo de leitura, matérias das quais os ensaios foram, entre outras, compostos. Assim, no semestre passado foram escritos um ensaio acerca de uma poética da improvisação (onde surgiu a ideia da Ciência Nômade do Improviso e, no entorno desta, da Pesquisa-improvisação), outro no entorno do improviso, performance, presença e docência, e um terceiro sobre sedução e ritmo (a partir de conversas com o Grupo de Pesquisa Estudos Poéticos, da UNISC, do qual agora faço parte). Esses dois últimos devem se somar a mais um ou dois numa parte mais ao final da Dissertação, pensada para articular as ideias de improviso e jogo, sobretudo via poética, com os fazeres dos/nos espaços de educação.

Ainda, posso vir a inserir neste Bloco de Notas movimentos mais ou menos paralelos, no entorno do NECITRA, que completa 10 anos, e do UNOEGO, que completou 1: assim o farei, se fizer, porque esses movimentos se atravessam com os da pesquisa de mestrado, formam, no todo, uma totalidade onde pesquisa, existência e poética ganham ares muito similares (ademais, da forma como se está constituindo esta sala dentro do site, ela deve seguir com a produção de notas de modo contínuo, ou seja, para depois do mestrado, como um modo de organizar o pensamento e as produções).

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