SALA DE ESTUDOS

[35] 11/10/2017

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Não se busca o que se busca. Buscamos algo de prazer, mas não devemos procurá-lo. Buscamos a faísca quase invisível, a ideia, o gozo, a iluminação, o toque intensivo e passageiro da potência inominada com vários nomes, um satori: com o infinito, Deus, consciência cósmica, fluxo, não-eu, eu maior… Qualquer coisa de um encontro outro, que transpasse o cotidiano, a repetição enfadonha da recognição. O corpo que quer se recompor em encontros alegres. O corpo quer se perpetuar a si mesmo[ ]. Mas esse corpo não sou eu. Não devo buscar, não posso encontrar. A condição para tal encontro, sobre o qual não há definições definidas, é que o eu se dissolva[ ] no corpo, no corpo-matéria, um corpo inserido no jogo matéria-fluxo. E aí algo acontece. E passa[ ]. Querer pegar é perder por antecipação. E esse texto está a parecer um fragmento de filosofia taoísta, mas era pra ser educação. Estamos tentando não buscar nada. Mas e como é difícil esse buscar não buscar.

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