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[44] 12/10/2017

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Paro a escrita volto para o texto paro o texto volto para a escrita num movimento contínuo sem ponto ou vírgula

Param-me. Voltam-me.

Da última ida e volta carrego isso:

Suportar, por exemplo, um excesso de coerência racional, como a do estilo spinoziano de pensamento, sem deixar de evocar o fantástico e o heteróclito; fazer ruir a sintaxe das ordens utópicas com o diapasão dessas mesmas ordens; trapacear a língua, talvez nos dissesse Roland Barthes. É disso que se trata: usar as linguagens para travar diálogos e o livro é, ele mesmo, um diálogo, uma forma de relação, nos diz Borges. Em um diálogo o interlocutor não é a soma ou a média daquilo que diz, mas todos os microefeitos que transluz sua expressão. (ADÓ, 2016, p.12)

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