SALA DE ESTUDOS

[20] 29/08/2017 – 08/09/2017

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Está dado, então. Tome em seu corpo os dados: jogue! Onde cai? Quais são os dados dos dados? Números? Informações? Conhecimento? Qual dado está dado e qual dado não? Temos um complexo jogo, em dois modos: 1 – O Jogo da Transcriação, onde temos os dados (arquivos)[ ], mas não há outra opção se não apropriar-se deles e transcriá-los na ordem do jogo que se joga. 2 – O Jogo da Invenção: onde temos a matéria, não formada, não significada, e com ela criamos.

Notas importantes sobre o jogo. 1º) O jogador joga tanto quanto as peças. Move a matéria, mas também é movido, pois também é matéria. Jogador-peça. Uma dança cósmica. Não há hegemonia do sujeito sobre objeto: estão todos sujeitos ao jogo no qual as matérias se movem e confundem o observador: vemos objeitos e subjetos[1]; 2º) Existe, sobretudo para fins desta encenação, dois tipos de jogos: o Jogo Apolínico, jogo do belo, jogo da forma, jogo do vencedor, jogo do sujeito; e o Jogo Dionisíaco, jogo do jogar, jogo do húmus, jogo do prazer, jogo do devir. É deste segundo jogo que nos ocupamos, sobretudo, aqui.

Esse segundo jogo está em relação com a física, jogo de movimentos e repouso[ ], jogo de encontros[ ]: é uma física em educação, e é uma Educação Potencial[ ].

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[1] Sobre jogo, corpo e aprendizagem numa cena-aula: “A aprendizagem mergulha os gestos na escuridão do corpo; aliás, os pensamentos também; saber é esquecer. A virtualidade ágil e a passagem para a ação exigem um certo tipo de inconsciência. Para habitar melhor o seu corpo e também comandá-lo, esqueçam-se dele, pelo menos em parte” (SERRES, 2004, p.43).

 

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