SALA DE ESTUDOS

[96] 20/04/2018

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Preciso confessar uma coisa (para mim mesmo, e vocês são testemunhas): sou como aqueles corredores entusiasmados que, ao enxergar a linha de chegada, projetam seu peito a frente, em postura vigorosa, sem mensurar as forças das pernas que, já cansadas do longo percurso, titubeiam e, incapazes da mesma determinação e vontade da cabeça, levam todo o corpo em queda ao solo. A essa imagem é preciso acrescentar que: 1- esse não é o primeiro tombo; 2- não sei o que essa linha de chegada pode significar e qual a distância que estou de fato dela (uma vez que ela parece avançar junto com os meus passos); 3-provavelmente, enquanto se está a ler essas linhas, eu já levantei e estou a correr novamente; 4- que talvez eu esteja a pensar demais, quando parece que o que importa (para quem?) é a corrida; 5- (com cara de conclusão) pensar é resistir; 6- (em tom profético) é preciso variar, experimentar, e encontrar seus próprios ritmos; 7- (em tom sobre tom) mas que diabos eu tô pensando mesmo (e fazendo)?

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