SALA DE ESTUDOS

[24] 08/09/2017

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Notas que apontam para esta: [7] [12]

 

Então é preciso se preparar, é preciso praticar, treinar: a intuição[ ], a percepção, o intelecto em sua autocomédia. E aqui se constitui o jogo “menor”: é preciso um método de preparo, de treinamento para melhorar o rendimento do corpo para esse jogo “maior”[ ]. Todavia, esse rendimento não visa qualquer vitória, se não o movimento em si: é de movimento que se trata, é tornar fluído o que tende ao estático, é por em movimento o que tende ao repouso[1]: é uma economia do corpo, uma economia do jogo, é uma dança! Uma jogo-dança que ri [fragmento Battaile e dança que ri], um (des)equilíbrio[ ]: mover a centralidade do educador-autor-educando.  Para que o jogo se dê, então, é preciso que o jogador saiba dançar, com a afirmação alegre do jogo:

A afirmação nietzschiana, a afirmação alegre do jogo do mundo e da inocência do devir, a afirmação de um mundo de signos sem erro, sem verdade, sem origem, oferecido a uma interpretação ativa. Esta afirmação determina então o não-centro sem ser como perda do centro. E joga sem segurança. Pois há um jogo seguro: o que se limita à substituição de peças dadas e existentes, presentes. No caso absoluto, a afirmação entrega-se também à indeterminação genética, à aventura seminal do traço. (DERRIDA, 1971, p. 248).

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[1] Tensão do jogo com a história, tensão também do jogo com a presença. A presença de um elemento é sempre uma referência significante e substitutiva inscrita num sistema de diferenças e o movimento de uma cadeia. O jogo é sempre jogo de ausência e de presença, mas se o quisermos pensar radicalmente, é preciso pensa-lo antes da alternativa da presença e da ausência; é preciso pensar o ser como presença ou ausência a partir da possibilidade do jogo e não inversamente” (DERRIDA, 1971, p. 248).

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