SALA DE ESTUDOS

[14] 10/08/2017

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É preciso então empreender uma jornada[8], no que acreditamos ser esse o sentido e o destino da educação: os passos, os caminhos, em pausas e retomadas, em linhas retas e tortas, idas e vindas, em estradas, em danças, e sobre o fino fio da vida: “para descobrir a virtude, é preciso penetrar nas próprias raízes da vida, nas reações bioquímicas primárias da energia ou nos primeiros ritmos do tempo; a coragem tem início no segredo de sua eficácia, na expressão incoativa de suas forças”. (SERRES, 2004, p.49).

Enquanto os pés se encontram firmes com a superfície da terra, como um guerreiro, mesmo que se equilibrando em zonas estreitas, as demais superfícies do corpo dançam no encontro com outros corpos, jogam, como um malabarista, fazem aparecer e desaparecer as matérias, como um mágico, compõem, como um coreógrafo,  e fazem rir, como um palhaço, no jogo da existência:

A inocência é o jogo da existência, da força e da vontade. A existência afirmada e apreciada, a força não separada, a vontade não desdobrada, essa é a primeira aproximação da inocência. (…) Heráclito é aquele para quem a vida é radicalmente inocente e justa. Compreende a inocência a partir de um instinto de jogo, faz da existência um fenômeno estético. (DELEUZE, 1976, p.14).

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