SALA DE ESTUDOS

[3] 27/07/2017 – 23/08/2017

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Notas que apontam para esta: [17]

Não associar o Corpo Potencial ao pensamento hegemônico da potência (empreendedora, sexual, financeira…); antes, é a potência do não-pessoal, do devir. Neste, insurge como intrínseco à potência a capacidade de poder não: de falhar, do deixar, do mudar… dos ciclos de morte e renascimento. O Corpo Potencial é o corpo da transformação, e que tem na morte um importante simbolismo: é deixando morrer que pode nascer. Sim e não são capacidades do Corpo Potencial, assim como ser e não ser são definição e indefinições do que ainda não está dado – e o Corpo Potencial nunca está dado de fato. A definição passa a ser então um ato político-estético: sou o que (quem) sou como invenção afirmativa de escolhas feitas no âmbito da relação com o mundo[1], do que me afeta e de como me disponho no jogo de forças; jogo no qual me insiro como corpo em disposição com outros corpos, em prol de potências alegres, por mais vida na vida.

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[1] “Então, não há verificação possível do mundo – é por isso que a “realidade” é uma impostura. Sem verificação possível, o mundo é uma ilusão fundamental. Não importa que se verifique localmente, contra a incerteza do mundo em sua globalidade não há recurso. Não há cálculo integral do universo – talvez haja um cálculo diferencial? ‘O universo faz diversos conjuntos, mas não é, ele mesmo, um conjunto’(Denis Guedji)” (BAUDRILLARD, 2002, p.9).

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