Notas que apontam para esta: [11] [2]
O Corpo Potencial é sempre um “como”, nunca um “o que”. Se existe essência, ela é multiplicidade, pois “o múltiplo é a manifestação inseparável, a metamorfose essencial, o sintoma constante do único. O múltiplo é a afirmação do um, o devir, a manifestação do ser” (DELEUZE, 1976, p.14). Enquanto multiplicidade não pode ser afirmada em essência, como um “o que”, portanto, somente um “como”. Nesta definição de “como” está subentendida a ação do observador sobre a matéria, em seu ato de definição – é o observador agindo sobre si próprio[1], o que institui o que estamos definindo aqui como a criação para si de um Corpo Potencial, sendo este processo parte de uma Educação Potencial[2].
[1] “Se o eu é um outro ao contrastar-se com ele mesmo não consegue constatar a proposição Eu = Eu, ou seja, uma verdade unificante para o pensamento e o pensamento passa a ser criação e não vontade de verdade” (ADÓ, 2015. p. 59).
[2] “A Educação Potencial se concebe como potência para a especulação de si como existência que difere; diferença intensiva. A Educação Potencial atua como um convite para se chegar alhures” (ADÓ; CORAZZA, 2016. p.228).